O estágio da Red Bull - BORA - Hansgrohe decorre a todo o gás e
Primoz Roglic foi um dos ciclistas a falar com os media esta quarta-feira, após a divulgação do esboço principal do calendário de corridas.
“Não quero pensar nisso. Continuo com fome de competir com os melhores. Não se deve olhar para baixo, mas sim para cima”, disse Roglic no media day da equipa alemã, citado pela
Domestique.
Este é o último ano do seu contrato atual com a formação alemã, mas será também o último da carreira? “Espero que não. Quero correr, neste momento, por mais 10 anos. Enquanto sentir essa fome e isso me fizer feliz, tenho de estar feliz e tenho de desfrutar”.
A sua carreira está, de facto, diferente, com Roglic a recuar na hierarquia da BORA enquanto terceira carta para 2026. “Diria que é, talvez, uma mudança em mim. É um passo para fora de estar completamente absorvido pelo ciclismo. Já não estou obcecado em ganhar mais uma etapa ou corrida. Vou sobreviver”.
O seu calendário inclui Tirreno-Adriático, Volta ao País Basco e Volta à Romandia na primavera, estando ainda por definir onde iniciará a época. Para já, o plano não contempla nem a Volta a Itália nem a Volta a França, mas sim a Volta a Espanha,
onde tentará desempatar com Roberto Heras no número de classificações gerais.“Se pudesse escolher uma corrida para ganhar, seria a Volta a França; não é segredo. A realidade é diferente”, comenta. Mas o programa não está fechado. É expectável a presença na Volta à Suiça no verão, onde poderia conquistar a sétima das sete grandes corridas por etapas do WorldTour, excluindo as Grandes Voltas.
Sem pressão e a pensar numa carreira longa
“Quero dizer, há sempre algumas possibilidades. O facto é que é preciso algum planeamento; há muita gente envolvida”, explicou sobre as opções de calendário da equipa. Jai Hindley e Giulio Pellizzari apontam à Volta a Itália, enquanto
Remco Evenepoel e Florian Lipowitz centram-se na Volta a França.
Isso também retira pressão a Roglic, algo que, no limite, deseja. “Por um lado, até é um pouco menos pressão, mas nem sei porque é que teria pressão. É agradável e bonito. Gosto. Ele é um bom rapaz. Provavelmente somos todos diferentes, mas, neste momento, onde estamos, posso dizer que ele é um bom rapaz e eu desfruto”.
Ainda assim, sabe que ano após ano o pelotão rola mais rápido e que os desafios aumentarão à medida que a carreira avança. “A questão é o quão duro será. Agora, em todas as corridas, está a tornar-se cada vez mais difícil, porque as corridas também estão a ficar mais exigentes”.