Kevin Vauquelin continua a mostrar um nível notável neste início da
Volta a França 2025. Depois de um desempenho sólido na etapa inaugural, chegando no primeiro pelotão, o francês da Arkéa - B&B Hotels voltou a estar em evidência este domingo, na primeira etapa com final apto a mexidas entre os favoritos à geral. Atacou com ambição, tentou várias vezes surpreender os nomes grandes e terminou num respeitável oitavo lugar, mostrando que está com uma forma de excelência.
"Na primeira colina do final, tive de subir posições no pelotão, e foi aí que percebi que as minhas pernas estavam a sentir-se bem e que tinha uma oportunidade de fazer a minha jogada", contou Vauquelin após a etapa, satisfeito por ter estado entre os protagonistas do dia.
Com um final explosivo, onde o grupo de elite hesitou por momentos, o jovem francês de 24 anos tentou aproveitar esse breve impasse entre os favoritos para lançar um ataque ousado na descida. "Pensei que poderia haver alguma marcação entre os favoritos e que poderia tirar partido disso. Ataquei várias vezes, esforcei-me muito e talvez um pouco demais", admite.
Um dos momentos mais promissores aconteceu quando
Matteo Jorgenson, da Team Visma | Lease a Bike, seguiu a sua roda.
Alexey Lutsenko juntou-se e durante cerca de 2 quilómetros, o cenário parecia promissor, mas não chegou a concretizar-se. "Quando estava com Matteo Jorgenson, pensei mesmo que havia uma hipótese, porque ele é muito forte, mas ele não cooperou, jogou a tática da sua equipa", explicou, lamentando a falta de entendimento que poderia ter mudado o rumo da etapa.
Apesar de não ter conseguido a tão desejada vitória, o francês mostrou-se positivo e confiante para os próximos dias. "Tenho alguns remorsos porque teria gostado de cruzar a linha em primeiro lugar, mas isso significa que as minhas pernas estão boas. Sinto-me otimista todos os dias e desfruto de cada momento. Com estas pernas e o posicionamento que tive hoje, posso ter esperança, por exemplo, na etapa de Rouen".
Como prémio de consolação, Vauquelin terminou a etapa vestido de branco, símbolo do melhor jovem em prova, com 31 segundos de vantagem sobre Joe Blackmore. Embora não seja esse o foco principal, admite que o carinho da região natal poderá dar um sabor especial à luta pela camisola. "A camisola branca não é propriamente um objetivo, quero sobretudo tentar ganhar uma etapa, mas se conseguir pedalar nas estradas da minha região [Normandia] com esta camisola, isso seria excecional. O importante para mim é conseguir manter-me nesta forma durante os primeiros dez dias".