A Paris-Roubaix, marcada para 13 de abril, é o derradeiro clímax das clássicas empedradas. O terceiro monumento da temporada, é também uma das corridas mais emblemáticas e exigentes do ciclismo mundial. Com 259 quilómetros no total — dos quais 55 são em paralelos, distribuídos por 29 sectores, colocarão à prova os mais duros especialistas das clássicas.
Com partida em Compiègne, a primeira centena de quilómetros é geralmente tranquila, oferecendo tempo para a formação da fuga do dia. No entanto, este momento de "calma" esconde uma tensão crescente, pois todas as equipas sabem que o verdadeiro início da corrida está por vir. A entrada nos sectores de paralelos é feita em alta velocidade e cada posição no pelotão pode ser decisiva.
O sector de Troisville, com 2,2 km, surge pouco antes dos 100 km percorridos e marca simbolicamente o arranque do caos. Já o sector de Haveluy a Wallers (2,5 km), a 102 km do final, antecede aquele que é, para muitos, o momento mais tenso e icónico do dia: a Trouée d’Arenberg.
Com 2300 metros em linha reta e praticamente intransitável, o sector da Arenberg é uma guerra aberta pelo posicionamento. A entrada em ligeira descida, seguida de uma subida suave, exige potência constante e nervos de aço. É nesta fase que muitos favoritos perdem as suas aspirações, muitas vezes não por falta de pernas, mas por azares mecânicos ou quedas.
Depois de Arenberg, a dureza não abranda. Os sectores de Hornaing a Wandignies (3,7 km a 78 km do fim) e Tilloy a Sars-et-Rosières (2,4 km a 68,5 km do fim) mantêm o ritmo elevado. E, já dentro da fase decisiva, o sector de Mons-en-Pévèle — com 3 km e classificado com 5 estrelas — surge a 41 km da meta como um dos momentos chave para os ataques dos favoritos.
Os sectores de Camphin-en-Pévèle (1,8 km) e Carrefour de l’Arbre (2,1 km), situados a 18 km e 15 km do final respetivamente, são os últimos pontos para fazer diferenças reais. O Carrefour, em particular, é tecnicamente exigente, com curvas, buracos e acelerações sucessivas que apenas os mais fortes conseguem suportar depois de mais de 240 km de desgaste.
Já perto da meta, o sector Willems à Hem (6,5 km do fim) é menos decisivo, mas pode ainda ser palco de surpresas caso um grupo pequeno entre em disputa direta. A aproximação final a Roubaix faz-se em estradas planas, e o pelotão — ou o que resta dele — entra no velódromo de Roubaix, onde a glória esperará um verdadeiro guerreiro.
The race for monuments is 🔛
— Paris-Roubaix (@parisroubaix) April 7, 2025
A new opportunity on Sunday!
La course aux monuments continue 🏆
Une nouvelle opportunité dès dimanche !#ParisRoubaix pic.twitter.com/fqpkces6Ji