Qual foi o país que marcou mais pontos UCI na época de 2025?

O ranking UCI é uma ferramenta amplamente observada pelas equipas e ciclistas, mas já imaginou como seria se essa classificação fosse feita por nações em vez de ciclistas individuais? O resultado é revelador, com a Bélgica a ocupar a primeira posição, liderada por uma profunda base de ciclistas de clássicas e sprinters.

A Bélgica tem em Remco Evenepoel o seu maior destaque, apesar do início de temporada difícil. A sua performance, junto com a presença de Wout van Aert, Arnaud de Lie, Jasper Philipsen, Tim Merlier e Tim Wellens, impulsionou o país ao topo da classificação. Com uma profundidade notável no pelotão, a Bélgica mostrou a força do seu ciclismo, mas a Dinamarca não ficou muito atrás.

A Dinamarca é um caso interessante, pois, embora tenha uma menor profundidade em termos de números, tem dois ciclistas de classe mundial que marcaram a maior parte dos pontos: Mads Pedersen e Jonas Vingegaard. Juntos, os dois ciclistas somaram mais de 1.000 pontos. A presença de Mattias Skjelmose e Tobias Lund Andresen também contribuiu significativamente para o país alcançar a segunda posição, apenas atrás da Bélgica. A Dinamarca mostrou que qualidade pode superar quantidade, com uma contribuição impressionante dos seus líderes.

A Eslovénia ocupa o terceiro lugar, mas a distância para o topo é considerável, com a Bélgica e a Dinamarca a liderarem de forma consistente. Tadej Pogacar, o ciclista do ano, foi o melhor marcador do país, e isso não estava em dúvida. No entanto, os pontos que ele conquistou não foram suficientes para garantir que a Eslovénia subisse ao topo. Ao lado de Pogacar, Primoz Roglic foi o outro ciclista com resultados significativos, mas a Eslovénia não teve a mesma profundidade que países como a Bélgica e a Dinamarca.

A Eslovénia, com os títulos mundiais e europeus em vigor, mostrou que, apesar da grande força de Pogacar, a falta de outros ciclistas de topo para preencher as lacunas nas corridas de um dia e provas de etapas mais curtas pesou na classificação nacional. No entanto, com nomes como Matej Mohoric e o jovem Jakob Omrzel, há uma potencial recuperação para a próxima temporada.

Imediatamente atrás da Eslovénia, encontramos Itália, Grã-Bretanha e França, com uma diferença pequena e irrelevante nos pontos que, provavelmente, poderia ser corrigida com a inclusão de mais um ciclista de topo em qualquer uma das nações. A França, por exemplo, teve bons resultados de David Gaudu, Romain Bardet e Alaphilippe, mas a falta de uma figura dominante na classificação geral impediu o país de alcançar o pódio.

Fechando o Top 10 estão Austrália, Holanda, Estados Unidos da América e Espanha, com grandes distâncias para os países seguintes. Este dado ilustra a forte competição entre as principais potências do ciclismo, com países tradicionais como França e Itália a se destacarem, mas a Bélgica e a Dinamarca a se afirmarem com uma estratégia focada em poucos ciclistas de topo.

Portugal

Portugal ocupa a 12º posição neste ranking com 6834.1 pontos, dos quais 4331.1 foram conquistados por João Almeida, o que é bem demonstrativo do nível que apresentou durante esta época e que o permite ser o atual nº 5 do ranking UCI. O segundo melhor português foi António Morgado com 985 pontos e poucos mais ciclistas temos acima dos 100 pontos no total: Ivo Oliveira (392.1), Afonso Eulálio (363), Rui Costa (222), Ruben Guerreiro (200), Iúri Leitão (197), Tiago Antunes (144), Rui Oliveira (117), Pedro Silva (115) e Lucas Lopes (108).