A EF Education-EasyPost divulgou hoje o seu alinhamento para a Volta a França. Já se sabia que Richard Carapaz, 3º classificado na Volta a Itália,
estaria ausente devido a problemas gastrointestinais, e na perspetiva portuguesa, há que realçar outra ausência, a de Rui Costa.
Estatísticas da EF Education-EasyPost em 2025
9 vitórias, 26 pódios, 78 top 10, 11º lugar no ranking UCI 2023-2025
Alinhamento da EF Education-EasyPost para a Volta a França
Rui Costa não estará no Tour e não poderá iniciar a sua 19ª grande volta - a Vuelta é uma possibilidade em aberto
Healy está a tornar-se cada vez mais um caça etapas de luxo, ainda não está com o toque de midas de 2023, tudo o que se propunha a ganhar, ganhava, por isso já conta com triunfos em etapas na Volta a Itália, Volta ao País Basco, Settimana Coppi e Bartali e Volta ao Luxemburgo. Este ano tem apenas 1 triunfo, mas conseguiu um 3º lugar na Liege, um 4º na Strade Bianche e um 5º na Fléche, definiu o Tour como grande objetivo e não vai desiludir, vencendo uma etapa.
Powless está a converter-se num ciclista de clássicas, um caminho inverso ao que os ciclistas fazem normalmente, já que o habitual é tentar converter-se num voltista. Ficou na memória de toda a gente o triunfo na Dwars Door Vlaanderen, diante de 3 homens da Visma. Não chega em grande forma ao Tour, esteve apagado na Suíça, mas certamente vamos vê-lo em fugas na 2ª semana, pode fazer uma dupla temível com Healy.
Baudin e Sweeny são dois bons punchers/ trepadores, o francês deu bons sinais na Romandia, onde liderou, e o australiano mostrou na Volta à Suíça, terminando a cronoescalada final no top 5. Não me admiraria nada de, em certas etapas de montanha, não decisivas para a geral, de ver os quatro ciclistas citados todos em fuga, na EF não interessa quem ganha, interessa ganhar.
Van den Berg é o sprinter de serviço, tem 2 vitórias e 16 top 10 em 2025, o que, não sendo um dos sprinters principais, são bons números, espero uma linha de continuidade com alguns top 10 em etapas, acima disso seria uma grande surpresa. Se o neerlandês é opção para os finais planos e será lançado por Albanese, o italiano é a carta para dias mais explosivos, ele que chega muito motivado depois da primeira vitória da carreira no worldtour, na Volta à Suíça-
Asgreen e Valgren são os capitães de equipa, nota para o primeiro, que parece estar a respirar melhor desde que saiu da Soudal, ganhou no Giro, é chamado ao Tour, o que demonstra que é um ciclista de confiança dentro da estrutura e se o deixam ganhar uns metros num final plano, cuidado com ele!
Original: Miguel Marques