Soren Waerenskjold cancela férias na Disney World para tentar salvar a Uno-X no ranking World Tour!

Ciclismo
sexta-feira, 17 outubro 2025 a 15:00
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Era para ser o desfecho perfeito de uma temporada longa e extenuante: sol, praias e descanso na Florida. Mas o que deveria ser uma pausa romântica transformou-se, para Soren Waerenskjold, num dos compromissos mais decisivos da sua carreira. O norueguês de 25 anos trocou as férias de sonho com a noiva Iben Kvisle por um contrarrelógio de 44,8 quilómetros no Crono das Nações, em França, uma prova que pode determinar o futuro da Uno-X Mobility.
O plano inicial incluía Miami, Key West e a Disney World, mas as prioridades mudaram quando o telefone tocou. “Recebi uma mensagem há alguns dias: ‘Está a começar a ficar mau em termos de pontos’”, contou Waerenskjold. “Foi aí que percebi que, em vez de ir à Florida, ia viajar para o Crono.”

A luta pela sobrevivência no WorldTour

A Uno-X encontra-se numa luta dramática com a Cofidis pela última vaga no WorldTour de 2026. A diferença entre as duas equipas ronda os 400 pontos UCI, o suficiente para que um único resultado elevado mude o desfecho da temporada.
Perante a margem mínima, o diretor desportivo Thor Hushovd decidiu jogar uma última cartada: inscrever Waerenskjold e Carl-Frederik Bevort no Crono das Nações, a prova final do calendário europeu.
“Depois podemos olhar-nos ao espelho e saber que fizemos tudo o que podíamos”, afirmou Hushovd à TV 2, explicando a decisão de última hora.
Para Waerenskjold, o telefonema significou abdicar da primeira pausa em quase um ano de competição. Ainda assim, o ciclista aceitou o pedido sem hesitar.
“Ela compreende”, disse, referindo-se à reação da noiva. “Só é preciso adaptar-nos. Já tinha dito ao Thor que estava disposto a mudar os meus planos se fosse necessário.”

Sol, areia… e uma bicicleta de contrarrelógio

A Uno-X, reconhecendo o sacrifício do seu ciclista, compensou-o financeiramente pela viagem cancelada e pagou-lhe a taxa de inscrição na prova. Mas, para Waerenskjold, a verdadeira recompensa seria garantir a permanência da equipa no topo do ciclismo mundial.
“O meu objetivo é o quinto ou sexto lugar aqui, o que daria cerca de 60 a 70 pontos”, explicou. “Tem sido um outono intenso. Estivemos empatados com a Cofidis, depois abrimos uma vantagem, e agora estamos novamente quase iguais. É muito stressante, mas também muito importante.”
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