Team Jayco AlUla para a Volta a França 2025 - O'Connor mira ao top 10, Groenewegen para os sprints e há uma ausência de peso

A Team Jayco AlUla divulgou hoje o seu alinhamento para a Volta a França e contará com um bloco bastante equilibrado, com Ben O'Connor a ser o homem apostado para a geral e Dylan Groenewegen para os sprints.

14 vitórias, 32 pódios, 81 top 10, 15º lugar no ranking UCI 2023-2025

Ben O'Connor

Dylan Groenewegen

A mudança de O'Connor para a equipa australiana ainda não produziu os resultados dos tempos da Decathlon, mas o ciclista de 29 anos, vigente vice-campeão da Volta a Espanha e vice-campeão mundial, não se deixa alarmar por fazer 10º na Volta à Comunidade Valenciana, 14º no Paris-Nice, 12º na Volta à Catalunha e 7º na Volta à Suíça (mesmo depois de ganhar 3 minutos numa fuga). A preparação foi totalmente orientada para o Tour e acredito que conseguirá terminar no top 10 final.

Dunbar também está longe da forma de 2024 e convenhamos, um top 10 no Giro ou na Vuelta (fez 11º e ganhou 2 etapas), não é o mesmo que um top 10 no Tour, esta é a corrida mais difícil do mundo e perante este quadro, o irlandês deverá remeter-se ao trabalho para o seu líder.

Pela positiva, destaco Schmid, tem 3 vitórias este ano, 2 das quais nesta semana - conquistou os 2 títulos nacionais da Suíça. Chega, por isso, em grande forma, e tem etapas mesmo à sua medida na 1ª metade do Tour, certamente, andará na discussão.

Para fechar o bloco de trepadores/punchers, trazem Plapp, o único que faz Giro-Tour, apesar de não ter concluído a corrida italiana. Ainda assim, no primeiro tiro que disparou, levou uma etapa para casa e é inevitável pensar que o mesmo possa acontecer aqui, mas o nível é muito diferente.

Groenewegen será o sprinter da equipa, é incrível, mas cada vez que se aproxima o Tour, o neerlandês aparece, pica o ponto e chega à Grand Boucle com grande confiança. Desde 2022 para cá, só por uma vez venceu várias corridas preparatórias e não venceu no Tour. Este ano conta com 3 triunfos, todos de maio para cá e quererá repetir a receita, mas para além dos concorrentes de 2024, terá mais duas dores de cabeça: Merlier e Milan.

Fiquei um pouco admirado ao ver Mezgec neste alinhamento, ao invés de Max Walscheid. O alemão foi o lançador principal de Groenewegen na Volta à Eslovénia e na Volta à Hungria, corridas onde venceu, com Mezgec a ser o penúltimo na hierarquia dos lançadores. Aqui, não há outra opção senão ser o lançador principal, mas os 37 anos do esloveno já pesam muito, sobretudo na comparação com outros lançadores, como Van Poppel, Van der Poel ou Consonni.

Durbridge e Reinders são excelentes roladores, vão perseguir as fugas e este último ainda pode dar um jeito no final, o que será complicado, fruto do desgaste.