Thierry Gouvenou admite que "é um risco" ter um contrarrelógio na 21ª etapa da Volta a França: "Porque o que aconteceu em 1989 foi inimaginável"

Ciclismo
quinta-feira, 26 outubro 2023 a 13:30
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O percurso e o perfil da Volta a França de 2024 foram agora revelados e, pela primeira vez na longa e célebre história da corrida, esta terminará fora de Paris, com um contrarrelógio individual em Nice.
"É uma aposta, não temos a certeza de que seja um vencedor", diz o homem por detrás da conceção da 111ª edição da corrida mais famosa do ciclismo, Thierry Gouvenou, em conversa com o Cyclism'Actu. "Porque o que aconteceu em 1989 (a vitória icónica de Greg Lemond sobre Laurent Fignon) foi inimaginável... Não estamos imunes a que aconteça o mesmo."
"Basta lembrar a Planche des Belles Filles, onde Pogacar derrubou Roglic, quando pensávamos que o Tour estava acabado", continua Gouvenou. "Por isso, o contrarrelógio tem o poder de lançar dúvidas até ao último momento, especialmente porque este tempo é difícil."
A parte mais controversa do percurso da Volta a França é, sem dúvida, a inclusão de gravilha na etapa 9. "Queríamos colocar gravilha desde 2016. Em 2019, queríamos mesmo colocar alguma na etapa de Epernay, mas não tínhamos encontrado os caminhos que nos convinham, era demasiado perigoso", explica Gouvenou. "Começámos a integrá-los com a Volta a França Feminina em 2022. Estivemos no terreno muitas vezes, revimos os nossos planos, uma vez que no início não era Troyes-Troyes que estava planeado, mas acabou por ser melhor escolher as melhores passagens, porque estávamos muito atentos à qualidade dos caminhos."

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