A nova e incrível opção para melhorar o desempenho vem de um verme marinho, que foi recentemente descoberto como tendo capacidades extraordinárias de absorção de oxigénio. De acordo com estudos realizados por Franck Zal, o verme desenvolveu uma hemoglobina especial que pode absorver uma quantidade de oxigénio 40 vezes superior à dos humanos.
Mas, sobretudo, não é tão facilmente localizável. O investigador francês criou a sua empresa para comercializar esta substância química com o objetivo de a utilizar no domínio da medicina, uma vez que pode ser utilizada em várias situações, nomeadamente para melhorar a oxigenação dos órgãos transplantados, mas também para resolver problemas periodontais, de cicatrização e poderia igualmente resolver muitos problemas no domínio das transfusões. E é precisamente neste contexto que entra em jogo a possível dopagem...
Segundo alguns especialistas, já é utilizado desde 2019 e só recentemente foi encontrado um método para o identificar. Entre os primeiros desportos suspeitos está o esqui, tanto que já foi utilizado nos Campeonatos do Mundo na Suécia há três anos, mas há suspeitas de que também foi utilizado no ciclismo.
"Temos sido contactados por atletas, por ginásios, por pessoas que sabem que esta molécula pode ser dopante, mas é incrível, porque dizemos a nós próprios: ou são completamente estúpidos, ou pensam que somos estúpidos", comentou Zal na Radio Canada no ano passado.
"Um ciclista conhecido, de nome estrangeiro, cuja equipa participa na Volta a França, contactou-me porque queria um pouco do produto", acrescentou Zal ao l'Equipe. O biólogo está a cooperar ativamente com a Agência Francesa de Saúde Pública para aumentar a compreensão do seu trabalho.
O investigador Marc Kluscinszyski explicou-o há quase dois anos: "Temos de atualizar o passaporte biológico, porque se trata do que acontece num glóbulo vermelho. Estas hemoglobinas, no entanto, fornecem hemoglobina, mas fora do compartimento globular, pelo que o controlo do sangue é completamente contornado".