O debate em torno do aumento dos riscos no ciclismo de estrada voltou a ganhar força após a
Gent Wevelgem, corrida marcada por tensão constante e posicionamento agressivo. Um acidente em particular — envolvendo
Jordi Meeus, da Red Bull – BORA – hansgrohe — reacendeu as críticas à condução imprudente dentro do pelotão.
Meeus era apontado como um dos principais favoritos à vitória, mas viu a sua corrida terminar prematuramente na sequência de uma manobra controversa. Numa altura ainda longe da fase decisiva da corrida, o belga entrou num passeio lateral, não conseguiu travar a tempo e bateu noutros ciclistas, provocando uma queda que envolveu vários ciclistas.
Inicialmente, o cartão amarelo — medida disciplinar que visa penalizar comportamentos de risco e que pode evoluir para suspensões — não constava no relatório oficial da corrida. Contudo, foi atribuído mais tarde, alegadamente após a pressão de vários adeptos feitas nas redes sociais, que exigiam uma ação firme por parte dos comissários e júri de corrida.
Acidentes em massa continuam a marcar a época
O número de quedas coletivas em 2024 e 2025 tem vindo a aumentar, apesar dos esforços para melhorar a segurança. O cartão amarelo, introduzido como ferramenta dissuasora, ainda está a ser aplicado com falta de consistência — e o caso de Meeus é mais um exemplo disso.
Este episódio vem reforçar a percepção de que os limites do risco estão a ser frequentemente ultrapassados, sobretudo no que toca ao posicionamento agressivo nos momentos intermédios das corridas. As consequências podem ser graves, tanto para quem comete o erro como para quem paga o preço da imprudência alheia.
O caso de Jordi Meeus deverá agora ser analisado mais profundamente, com possíveis implicações nas próximas provas em que o ciclista esteja inscrito. Enquanto isso, o debate sobre comportamento seguro versus agressividade tática continua em aberto — com muitos a defenderem que o equilíbrio entre espetáculo e segurança ainda está por encontrar.
Pode ver o
vídeo do incidente abaixo.