Votação: Quem protagonizou a melhor prestação individual em 2025?
Ciclismosexta-feira, 31 outubro 2025 a 8:37
Numa temporada repleta de drama, domínio e desafio, um punhado de ciclistas conseguiu ainda assim destacar-se com exibições que merecem ser revistas. Desde vitórias em solitário, a ataques milimetricamente cronometrados nas maiores corridas da modalidade, estas foram as provas que marcaram 2025, aquelas que o fizeram prender o olhar no ecrã, gritar de emoção ou abanar a cabeça em descrença.
Selecionámos oito esforços inesquecíveis num só dia, seja uma etapa de uma Grande Volta ou uma Clássica de um dia. Agora é a sua vez: quem protagonizou o desempenho mais impressionante de 2025? Conheça abaixo os nomeados para os Prémios de Fim de Ano do CiclismoAtual.
Simon Yates: 20ª etapa da Volta a Itália (Colle delle Finestre)
Foi assim que se escreveu a redenção. Na mesma subida que em 2018, havia destruído as suas aspirações na Volta a Itália, Simon Yates lançou um ataque sensacional na 20ª etapa, rasgando as encostas de gravilha do Colle delle Finestre.
Em desvantagem na classificação geral e com tudo por decidir, o britânico deixou para trás Isaac Del Toro e Richard Carapaz a cerca de 40 quilómetros do final, antes de se juntar a Wout van Aert no vale, aumentando ainda mais a diferença. À chegada a Sestriere, Yates não só conquistou a Camisola Rosa como revolucionou a corrida.
Yates acreditou e ganhou a Maglia Rosa 2025
Tadej Pogacar: Campeonato do Mundo de Estrada (Kigali, Ruanda)
Uma defesa do título mundial digna de entrar na história. Num circuito montanhoso e exigente em Kigali, Tadej Pogacar protagonizou uma exibição de gala ao atacar a mais de 100 quilómetros do final e isolar-se em definitivo a 66 quilómetros da meta.
Nunca mais olhou para trás. Nem Remco Evenepoel, nem Juan Ayuso, nem Isaac Del Toro conseguiram reduzir a diferença. Sozinho durante mais de duas horas, o esloveno cruzou a meta com mais de um minuto de vantagem sobre os perseguidores.
Pogacar garantiu dois títulos mundiais consecutivos em Kigali
Mathieu van der Poel: Milan-Sanremo
Quando se é mais rápido do que Tadej Pogacar e Filippo Ganna na Via Roma, está-se a assistir a algo especial. Mathieu van der Poel respondeu a todos os ataques de Pogacar no Poggio, depois perseguiu com sangue frio uma perigosa movimentação de Ganna na descida.
Com os três ainda juntos no último quilómetro, o neerlandês lançou o ataque decisivo de longe - um sprint de 300 metros que deixou os rivais sem resposta. Foi uma manobra calculada, poderosa e impiedosamente eficaz. Um segundo título na Milan-Sanremo, conquistado frente aos melhores do mundo.
Tadej Pogacar: Liège-Bastogne-Liège
A terceira vitória de Pogacar em La Doyenne, mas sem dúvida a mais demolidora. Com a Camisola Arco-Íris vestida, o esloveno atacou na Côte de La Redoute a 35 quilómetros do final e simplesmente desapareceu. Ninguém conseguiu seguir-lhe a roda.
Quando chegou sozinho a Liège, tinha mais de um minuto de vantagem sobre o grupo perseguidor. Foi Liège em toda a sua essência: potência, equilíbrio e domínio absoluto. Se a vitória no Campeonato do Mundo foi uma demonstração de resistência a longo alcance, esta foi uma lição de pura destruição.
Pogacar demolidor em Liège
Wout van Aert: 21ª etapa da Volta a França (Montmartre–Champs-Élysées)
Fogo de artifício no último dia. Numa estreia histórica, a etapa final da Volta a França incluiu subidas em Montmartre, com os tempos da classificação geral neutralizados, abrindo espaço para o espetáculo - e Wout van Aert não desperdiçou a oportunidade.
Depois de Tadej Pogacar testar as pernas em cada subida, o belga lançou o ataque decisivo na última ascensão de Montmartre, a seis quilómetros do final. Manteve a vantagem e cruzou a meta sozinho nos Campos Elísios, debaixo de chuva, num cenário épico.
Uma etapa tradicionalmente reservada aos sprinters transformou-se num triunfo para o ciclista mais versátil do pelotão. A 10ª vitória de Van Aert na Volta a França foi, muito provavelmente, a mais espetacular da sua carreira.
Provavelmente a vitória mais impressionante da carreira de Van Aert
Jonas Vingegaard: 20ª etapa da Volta a Espanha (Bola del Mundo)
Na etapa rainha da Volta a Espanha, Jonas Vingegaard selou o triunfo com uma subida final devastadora à Bola del Mundo. Quando João Almeida tentou endurecer o ritmo, o dinamarquês não se limitou a responder e contra atacou, chegando sozinho à meta.
Foi a sua terceira vitória em etapas na corrida, garantindo em definitivo a Camisola Vermelha a apenas um dia do final. No final mais duro de uma Grande Volta em 2025, Vingegaard foi literalmente o mais forte.
Tadej Pogacar: Campeonato da Europa de Estrada
Outra camisola, outro triunfo demolidor. Num final marcado pela chuva nas estradas francesas, Tadej Pogacar voltou a brilhar, conquistando o título europeu com mais uma vitória a solo e de longe.
Apesar dos esforços dos perseguidores, entre eles Remco Evenepoel e Paul Seixas, o esloveno manteve a diferença até à meta e conquistou a sua primeira Camisola de Campeão da Europa. Foi uma proeza notável: Camisola Arco-Íris e Camisola da Europa, conquistadas com apenas uma semana de intervalo.
Não havia como parar Pogacar no Campeonato da Europa
Mathieu van der Poel: Paris-Roubaix
Um duelo para a história dos Monumentos. Mathieu van der Poel e Tadej Pogacar mediram forças nos empedrados do norte de França, trocando ataques e contra-ataques praticamente até à entrada do velódromo de Roubaix. Pogacar acelerou com ferocidade nos sectores de cinco estrelas, mas Van der Poel manteve-se firme sobre os empedrados.
No lendário Carrefour de l’Arbre, o neerlandês escolheu o momento perfeito para atacar. Uma aceleração explosiva, pura força bruta, que finalmente arrumava com o Campeão do Mundo, após este ter cometido um erro. Seguiu sozinho até ao velódromo, onde conquistou o seu segundo título em Roubaix.
Se a vitória na Milan-Sanremo foi uma lição cirúrgica, esta foi o oposto: selvagem e brutal.
Van der Poel derrotou Pogacar numa batalha frente a frente nos empedrados franceses
Está na altura de decidir: qual foi a exibição que o deixou sem palavras?
Estes foram os momentos que tornaram a época de 2025 verdadeiramente inesquecível. Um ciclista, um dia, um domínio absoluto. Mas qual destes desempenhos merece o título de Desempenho Individual do Ano?
Vote abaixo e descubra na próxima semana quem será coroado como o protagonista da exibição mais memorável da temporada.
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- O ciclismo português está a ser criticado por casos de doping. André Cardoso é um dopado e foi suspenso por 4 anos. Por que é que um patrocinador permite a contratação de um dopado?LucasAthena16-11-2025
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- Mais um, daqui a pouco são eles a fazer pódio com os 3 gajos numa grande voltaCamisolaAmarela24-04-2024
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- Vamos ter Landismo outra vez no Tour!CamisolaAmarela23-04-2024
- Talvez Van Aert tenha acabado a corrida sem desistir não pela "atitude honrada de acabar a prova sem desistir" mas por outros possíveis motivos (só ele sabe o real motivo, mas não deixam de ser hipóteses com lógica): 1) A decisão de levar a corrida até ao fim pode ter sido a decisão de "já que estou aqui e não vou poder lutar por uma boa classificação, vou aproveitar para treinar"... Lembra-me o que Nelson Piquet fez no GP de Portugal de 1985... sem hipóteses de lutar pelos pontos na corrida devido a problemas com o carro, passou o resto da corrida a experimentar soluções no carro, como se faz nas sessões de treino privadas... aproveitando para testá-las em ambiente real de corrida. 2) Se algum patrocinador (Red Bull, por exemplo) lhe pagar em função do número de etapas que terminar, por exemplo, será um bom motivo para terminar, seja em que lugar for...Cicloviajador13-02-2024
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