O campeão do mundo isolou-se após cerca de 25 minutos no icónico circuito de areia e seguiu em solitário para mais um triunfo confortável, mas deixou claro no pós-corrida que não se tratou de esgotar as forças desde a primeira volta.
“Também não preciso de ir a fundo do início ao fim em cada cross, sobretudo com a sequência de corridas que vem aí”, analisou Van der Poel em entrevista à Sporza.
Controlo antes do compromisso
Koksijde tem sido há muito um palco talhado para Van der Poel, e correr com a camisola arco-íris só aumentou a satisfação.
“Aproveitei certamente. É uma das minhas corridas preferidas no calendário de ciclocrosse e agora ainda mais”, afirmou. “São dias para guardar”.
Ao contrário do ataque precoce em Antuérpia, Van der Poel esperou mais tempo antes de desferir a aceleração decisiva. Foi uma opção consciente num traçado que recompensa tanto a precisão e o timing como a força bruta.
“Também é preciso pensar em tudo o que ainda está para vir”, explicou. “Num circuito como o de hoje, é um pouco mais fácil fazer a diferença, sobretudo se tiveres algumas boas secções de areia”.
Areia, timing e confiança
Embora Koksijde seja sinónimo de areia profunda, Van der Poel sublinhou que o percurso exigia adaptação e não repetição.
“Como disse antes, as zonas de areia também estavam diferentes hoje”, referiu. “Estou satisfeito com a minha técnica na areia”.
Ao guardar algo em reserva e atacar com decisão quando contou, Van der Poel reforçou um padrão familiar neste inverno. Não está apenas a vencer corridas, está a geri-las, equilibrando domínio e contenção à medida que o calendário de ciclocrosse se adensa.
Mais uma vitória registada e mais um lembrete de que Van der Poel corre com as pernas e a cabeça perfeitamente alinhadas.