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XDS Astana Team iniciou 2025 sob grande pressão. O objetivo era simples, mas vital: somar pontos UCI suficientes para garantir a continuidade no World Tour. Hoje, a equipa do Cazaquistão pode respirar com tranquilidade e prepara a nova temporada perante contratações estratégicas e ajustamentos internos. O ano passado uma das decisões mais marcantes foi a descida de
Gleb Syritsa à equipa de desenvolvimento. Agora, com a permanência garantida e o balanço da época feito, o poderoso sprinter russo regressa ao plantel principal para 2026.
“O Gleb fez grandes progressos no trabalho de equipa e na forma como ajuda os líderes, tanto durante as corridas como nos sprints finais”, afirmou o chefe de equipa num
comunicado de imprensa. “Teve uma série de desempenhos consistentes que resultaram muitas vezes em vitórias ou pódios para a equipa. A parceria com o Max Kanter foi muito eficaz e no próximo ano, vamos poder contar novamente com ele nas provas World Tour, onde o seu contributo será igualmente valioso.”
De pistard a pilar do comboio de sprints
Syritsa, natural de São Petersburgo, destacou-se inicialmente como especialista em pista. O seu porte físico, altura e potência acima da média, tornou-o uma figura facilmente reconhecível no pelotão. Desde que assinou pela Astana em 2023, depois de um curto estágio, conquistou quatro vitórias profissionais, todas no Tour de Langkawi, espalhadas por três edições consecutivas.
Nos últimos anos, tem desempenhado um papel duplo: sprinter capaz de disputar etapas e último lançador para os homens rápidos da Astana, como Max Kanter, Matteo Malucelli e Cees Bol. Apesar de ter integrado formalmente a equipa de desenvolvimento em 2025, Syritsa passou a maior parte da época a competir com a formação principal, com excepção das corridas World Tour, onde a sua participação não era permitida.
“Foi uma época muito produtiva para mim”
Para Syritsa, o ano serviu para amadurecer e solidificar o seu papel dentro da estrutura cazaque.
“Penso que a época foi muito produtiva”, afirmou. “Corri maioritariamente com a equipa World Tour, onde o meu papel era apoiar os líderes e preparar os nossos sprinters nos últimos quilómetros. Esse era o plano desde o início, e fico feliz por ter conseguido ajudar os meus colegas a alcançar vitórias e pódios em várias provas.”
O russo acrescentou que também teve espaço para procurar os seus próprios resultados, tanto com a equipa principal como com a formação continental:
“Em algumas corridas, tive as minhas oportunidades e consegui vencer e subir ao pódio. Em todo o caso, estou feliz por regressar ao plantel principal e, no próximo ano, vou continuar a dar o meu melhor para ajudarmos a equipa a atingir os nossos objetivos.”
Um regresso que reforça a base dos sprints da Astana
Com Syritsa de volta ao núcleo World Tour, a Astana reforça a sua consistência nas chegadas rápidas, uma área onde tem mostrado sinais de crescimento nas últimas temporadas. O russo será novamente peça chave no comboio dos sprints, com um papel determinante no apoio a Kanter e na construção de resultados que poderão ser cruciais para manter a equipa competitiva no ranking UCI.
Num contexto em que a estrutura cazaque continua a depender de pontos e resultados para garantir estabilidade, o regresso de Syritsa ao pelotão principal representa tanto uma aposta na experiência como um investimento na força bruta, duas qualidades que o sprinter russo tem demonstrado com regularidade.