O
Critérium du Dauphiné marca a despedida de
Romain Bardet do ciclismo profissional. A equipa do francês, a Picnic PostNL divulgou hoje que ciclistas levará para esta corrida tão especial.
Alinhamento da Team Picnic PostNL para o Critérium du Dauphiné
Romain Bardet
Romain Combaud
Guillermo Martínez
Chris Hamilton
Bjorn Koerdt
Enzo Leijnse
Max Poole terminou às portas do top 10 no Giro, ao ser 11º na geral
A dupla de sucesso na Volta a Itália é transposta para o Dauphiné: Bardet e Poole. Depois de 3 semanas duras, não acredito que Poole queira lutar pela geral, mas sim ganhar uma etapa, tal como Bardet, ganhar uma etapa seria o cenário perfeito para a sua despedida, ele que já fez 2 pódios na geral e ganhou uma etapa em 2015.
Diria que o francês tem em mente a etapa 3, que começa na sua cidade natal, Brioude, uma jornada com várias montanhas de 2ª e 3ª categoria, bem como a etapa 6, que antecede o fim-de-semana final decisivo para a geral.
O jovem Martínez foi uma agradável surpresa na Volta à Turquia, terminando em 3º na geral, aqui a sua função deverá ser de apoio aos líderes, tal como Hamilton, que desempenhou um papel semelhante no Giro. Combaud, Leijnse e Koerdt vão trabalhar nos terrenos planos, com este último a poder ter uma oportunidade para lutar por top 10 em alguns dias de sprint.
Também a Alpecin divulgou o seu alinhamento e com uma grande novidade:
Mathieu Van der Poel,
que tínhamos divulgado ontem que estaria recuperado de lesão a tempo da Volta a França, mas, afinal, também estará no Dauphiné, mantendo o plano inicial inalterado.
Alpecin-Deceuninck para o Critérium du Dauphiné
Gianni Vermeersh
Xandro Meurisse
Mathieu Van der Poel
Tobias Bayer
Lars Boven
Michael Gogl
Pode parecer estranho, mas Van der Poel vai fazer a sua estreia no Dauphiné, uma tentativa de mudar a abordagem ao Tour para obter melhores resultados. Em 2025, são 4 vitórias, 2 delas em monumentos, mas a grande incógnita é a sua forma, visto que caiu numa prova de mtb recentemente e fraturou o pulso. Na teoria, tem etapas favoráveis às suas características, mas para isso terá que descarregar os sprinters.
Para fazer isso conta com uma equipa virada para a média montanha, Vermeersh e Meurisse devem ser os seus braços direitos, eles que também estiveram com ele, por exemplo, no Tirreno-Adriatico. Bayer e Boven, ciclistas com 72 e 62 quilos respetivamente, podem impor ritmos altos nas colinas e reduzir bastante o pelotão.
Gogl e Price-Pejtersen vão trabalhar nos terrenos planos, com o dinamarquês a espreitar uma oportunidade no contrarrelógio da 4ª etapa, que não é de todo, isento de dificuldades, tem uma subida a meio de 1,8km a 8,5% e uma extensão de 17,4km, um desafio semelhante ao da Volta à Romandia, onde foi 8º.
A
Cofidis tem uma prova de fogo importante no Dauphiné, um mau Giro e um mau mês de maio na generalidade fizeram com que a equipa caísse para fora dos lugares worldtour e os próximos 2 meses serão decisivos. A tentativa de recuperação tem que começar já no Dauphiné.
Alinhamento da Cofidis para o Critérium du Dauphiné
Oliver Knight
Paul Ourselin
Ludovic Robeet
Hugo Toumire
Não é o melhor dos alinhamentos, vão focar-se em algumas semi-clássicas belgas que vão decorrer em simultâneo com esta corrida, no entanto, trazem 2 cartas muito válidas: Teuns e Buchmann. O belga tem várias etapas ao seu estilo, mas para lutar por vitórias terá que reencontrar a forma que exibiu na Etoile de Bessèges, onde terminou em 2º na geral, quanto ao alemão, pode lutar por um top 20 na geral e tentar ganhar uma etapa em fuga, cenário que não será fácil.
Thomas chega em boa forma, depois de 2 top 11 em corridas por etapas francesas no último mês, é sempre um perigo quando arranca de longe e estará de olho num bom resultado no contrarrelógio. Os restantes elementos são ciclistas de trabalho, podem integrar algumas fugas e tentar liderar classificações secundárias.
Com um alinhamento 100% gaulês, a
TotalEnergies enfrenta o Dauphiné com algumas ambições, eles que já levam 9 vitórias na competição na sua história, antes do grande momento da temporada, a
Volta a França.
Alinhamento da TotalEnergies para o Critérium du Dauphiné
Mathieu Burgaudeau
Anthony Turgis
Emillien Jeannière
Fabien Doubey
Mattéo Vercher
Latour chega em grande forma, depois de ganhar uma etapa e terminar em 2º na Boucles de la Mayenne, é um ciclista atacante e num dia super, pode lutar por uma etapa de média montanha. Jegat tem sido uma grande surpresa para mim este ano, ao ser 14º no País Basco e 10º no AlUla Tour, para além de muitos top 10 em etapas e clássicas francesas, acredito que é o elemento mais perigoso desta equipa.
Jeannière deverá conseguir alguns top 10 em chegadas rápidas, já leva 13 top 10 este ano, com destaque para o 2º lugar numa etapa do Paris-Nice, mas falta a vitória, consegue resistir a algumas dificuldades montanhosas.
Burgaudeau e Turgis são sempre perigosos em etapas de média montanha, são ciclistas com créditos nestes terrenos e no caso do 1º, já ganhou uma etapa nesta corrida. Vercher e Doubey completam o alinhamento.
Original: Miguel Marques