A prestação de
Remco Evenepoel na
Volta a França 2025 ficou muito aquém das expectativas e o belga de 25 anos acabou por abandonar a corrida quando a segunda semana se aproximava do fim. Nas duras rampas do Tourmalet, durante a 14ª etapa, o campeão olímpico percebeu que não havia força nas pernas e, visivelmente frustrado, entrou no carro da
Soudal - Quick-Step.
Pascal Eenkhoorn é um dos muitos corredores da equipa que, com a saída do líder, ganhou liberdade para encarar a semana final como quiser. Naturalmente, manter-se-á ao lado de Tim Merlier nas chegadas ao sprint, mas essas oportunidades são escassas...
Quanto a Evenepoel, com quem Eenkhoorn partilhou o último mês de preparação, incluindo o Critérium du Dauphiné e o estágio em altitude em Tignes, o neerlandês confessa que o desfecho não o surpreendeu. Desde cedo, notou sinais de que algo não estava bem na preparação do belga.
Evenepoel não conseguia ultrapassar determinado limite de esforço e, mesmo com dias de descanso extra, o rendimento não melhorou. "Sim, é verdade, as coisas não correram como planeado, mesmo com dias de descanso adicionais", confirmou Eenkhoorn à Sporza. "Mas com um ciclista como ele, nunca se sabe se é um bom ou um mau sinal".
Parecia evidente que o belga ainda estava a sofrer com o desgaste do Dauphiné. "Por vezes, o descanso extra é benéfico, porque o Dauphiné foi muito exigente e o Remco já tinha atingido um nível elevado".
Agora, Eenkhoorn espera que Evenepoel possa parar por completo e recomeçar com energias renovadas para encarar o resto da temporada. "Ele precisa especialmente de descanso mental. Foram uns meses difíceis".
O bicampeão olímpico ainda tem pela frente desafios de grande importância, como os Campeonatos da Europa e do Mundo, onde terá a oportunidade de apagar a má imagem deixada nesta Volta a França e reencontrar-se com os bons resultados.