Peter Sagan em paz com a reforma: "Já não me vejo a querer competir no ciclismo"

Peter Sagan está nos Emirados Árabes Unidos este fim de semana para o Campeonato do Mundo de E-Sports. Agora que já não é um ciclista profissional, continua a viajar pelo mundo como parceiro da Specialized e, ocasionalmente, de outras marcas, como a MyWoosh, que patrocina o evento de hoje, onde partilhou que já não tem qualquer vontade de correr em competição.

Sagan admite que não tem grande interesse em competir nos desportos eletrónicos, mas, tal como Tadej Pogacar e outros representantes da marca, está presente na audiência deste sábado para os eventos que irão coroar os novos campeões mundiais. "Tenho mais curiosidade em saber como fizeram as estradas e o mundo virtual, os cenários e outras coisas. Mas eu ando com pessoas e agora, neste período, não quero correr. Já não me vejo a querer competir no ciclismo", disse Sagan à Cyclingnews. "Posso dizer que as minhas histórias e a minha experiência, o que tenho no ciclismo, já correram o suficiente".

Sagan teve um lento declínio no seu último ano como profissional, no final de uma carreira, onde se tornou um dos ciclistas mais bem sucedidos e influentes na história do desporto. Este ano concentrou-se em chegar aos Jogos Olímpicos, para correr no BTT, mas não conseguiu. Ainda correu algumas provas na estrada para uma despedida final, mas apesar de já não correr, continua a estar muito presente no mundo do ciclismo, não só como embaixador da marca, mas também esteve nos Jogos Olímpicos para agitar a bandeira da linha de partida para a corrida de fundo - um título que nunca conseguiu conquistar apesar do seu enorme talento.

"Não quero continuar a ser comparado com algo. Posso correr por diversão, com amigos, com pessoas quando quero, quando participo numa prova. Isso já é alguma coisa, mas não desta forma, quando temos de colocar um número", admite Sagan que alcançou a maior parte do que queria da sua carreira e satisfez plenamente o seu bichinho da competição.

"Não quero que seja necessário preparar-me para algo. Se quero voltar a ser o melhor do mundo, tenho de parar com tudo o que construí e voltar a concentrar-me no treino. Caso contrário, não vale a pena. Só para correr no Campeonato do Mundo, e isto é o quê, um 50º lugar? Sei que os rapazes estão a treinar muito e que são bons. Não estou interessado em competir com eles, porque sei que são fortes".