Pogacar, Vingegaard, Roglic e Del Toro frente a frente na estreia da Andorra Cycling Masters

No próximo domingo, Andorra será palco da primeira edição da Andorra Cycling Masters, um evento inédito que reunirá apenas quatro nomes de luxo do ciclismo mundial: Tadej Pogacar, Jonas Vingegaard, Primoz Roglic e Isaac Del Toro. Mas há uma pergunta que inevitavelmente se impõe: por que motivo Remco Evenepoel não estará presente?

O pequeno principado dos Pirenéus prepara-se para acolher uma experiência única. A Andorra Cycling Masters combinará uma prova de contrarrelógio montanhoso, com um critério urbano no coração de Andorra la Vella, criando um formato inovador que promete oferecer “um aperitivo do ciclismo do futuro”.

A organização conseguiu atrair o melhor que o pelotão mundial tem para oferecer: o campeão do mundo Tadej Pogacar, o bicampeão da Volta a França Jonas Vingegaard, o ciclista sensação de 2025 Isaac Del Toro e o quádruplo vencedor da Volta a Espanha, Primoz Roglic.

O nome de Remco Evenepoel esteve, naturalmente, na mesa. “Remco era uma das opções”, admitiu Betim Budzaku, um dos mentores do evento. “Já tínhamos feito uma lista com os principais ciclistas do pelotão há cerca de um ano e meio. Queríamos, acima de tudo, garantir a presença de Tadej Pogacar, o melhor ciclista do mundo.”

E como se completou o quarteto final? “Foram os primeiros a confirmar a sua presença”, explicou Budzaku.

Quanto à ausência do belga, o motivo é simples: “Para Evenepoel, não encaixava no seu planeamento. Mas se esta primeira edição for um sucesso, queremos repetir o evento no próximo ano com outros nomes. Gostaríamos muito de então contar com o Remco.”

O organizador deixou ainda uma nota de apreço à tradição belga: “A Bélgica tem uma enorme cultura de ciclismo, muito graças aos feitos do Eddy Merckx. Por isso, seria especialmente importante ter o Remco à partida em Andorra.”

A Andorra Cycling Masters pretende ir além do simples espetáculo desportivo. Segundo Budzaku, o evento será acompanhado por um documentário de 50 minutos, que mostrará bastidores da corrida. “Queremos mostrar mais do que a vertente competitiva. O público vai ver como os ciclistas chegam com as suas famílias e como se preparam para o evento.”

A série será disponibilizada numa plataforma de streaming, "cujo nome ainda não pode ser revelado", confidenciou o organizador.

O programa competitivo arranca domingo às 9h da manhã, com um contrarrelógio montanhoso em Coll de la Gallina, uma das subidas mais emblemáticas de Andorra. Pouco depois, às 11h, os quatro ciclistas disputarão um critérium de 32 quilómetros no maior centro comercial do principado.

O formato do critério prevê sprints a cada volta (15 no total) para atribuição de pontos. A classificação final resultará da soma dos tempos do contrarrelógio e dos pontos conquistados no critérium.

“Felizmente não sou eu quem tem de fazer essas contas”, brincou Budzaku. “Isso fica a cargo da equipa da Unipublic, que também organiza a Volta a Espanha.”

Mas o foco principal não está nas contas. “O vencedor é sobretudo simbólico. O que queremos é criar um espetáculo ciclístico espetacular que, através do documentário, possa chegar a um público ainda mais vasto.”