“Precisava de levar as coisas mais a sério”: Mads Pedersen admite que a falta de foco lhe custou grandes resultados no início da carreira

Mads Pedersen deixou uma reflexão surpreendentemente honesta sobre os primeiros anos da carreira, admitindo no podcast Lang Distance que a falta de foco lhe custou resultados e travou a evolução.

O líder da Lidl-Trek, dinamarquês, diz que, se pudesse dar um conselho ao seu “eu” mais jovem, seria levar a modalidade muito mais a sério desde o primeiro dia. “Provavelmente diria que precisava de levar as coisas mais a sério. A equipa também me disse que tinha de estar mais concentrado. Parti demasiadas rodas dianteiras porque batia noutros ciclistas”, afirmou.

Pedersen explicou que, como recém profissional, a sua postura era muitas vezes excessivamente relaxada, sobretudo nos estágios, e que a falta de disciplina acabou inevitavelmente por afetar o rendimento em corrida.

“Brinquei um bocado demais quando estávamos em estágios. Perdi resultados porque a concentração simplesmente não estava lá nas corridas. Por isso, diria a mim mesmo: mantém o foco no que estás a fazer.”

Esses hábitos iniciais contrastam com a carreira que construiu desde então. Pedersen despontou com o segundo lugar na Volta à Flandres em 2018, antes de vencer a prova de fundo de elite no Campeonato do Mundo de Estrada da UCI no ano seguinte, tornando-se o primeiro campeão do mundo dinamarquês na disciplina.

O que se seguiu foi um dos palmarés mais consistentemente produtivos da era moderna: vitórias em etapas nas três Grandes Voltas, triunfos como o Gent-Wevelgem, títulos gerais na Volta a Provença, na Volta à Alemanha e na Volta à Dinamarca, além de um fluxo constante de sucessos WorldTour de um dia.

A época de 2025 acrescentou mais um capítulo substancial. Pedersen conquistou o seu terceiro Gent-Wevelgem em março, dominou a classificação por pontos da Volta a Itália com quatro vitórias de etapa e, mais tarde, somou outra camisola dos pontos na Volta a Espanha, juntamente com mais um triunfo. Venceu ainda o geral e o contrarrelógio na Dinamarca, e levou a geral na Volta a Provença, numa campanha em que atingiu os dois dígitos em vitórias antes de uma doença encurtar a temporada em outubro.