Prémios CiclismoAtual: Tom Pidcock supera Simon Yates e é eleito a melhor contratação de 2025

A votação portuguesa dos Prémios de Fim de Ano do CiclismoAtual coroou Tom Pidcock como a contratação da temporada, numa das disputas mais equilibradas do ano entre o britânico e Simon Yates. Enquanto no site parceiro inglês CyclingUpToDate o prémio foi para Yates, em Portugal os leitores destacaram o impacto transformador de Pidcock na Q36.5 Pro Cycling Team, num ano que redefiniu o estatuto do jovem britânico no pelotão mundial.

Com uma votação de 49% (17 de 35 votos), Pidcock superou Yates por uma curta margem, depois de uma época em que demonstrou versatilidade, consistência e uma maturidade competitiva notável. A transferência da INEOS Grenadiers para a Q36.5 revelou-se o passo certo: o britânico libertou-se das limitações táticas de uma equipa superpovoada de líderes e tornou-se a figura central de um projeto em ascensão, construído à sua volta.

A decisão de Pidcock em abandonar a INEOS foi recebida com alguma surpresa, mas rapidamente se tornou uma jogada visionária. Ao longo de 2025, o britânico assinou uma das temporadas mais completas da sua carreira: pódio na Volta a Espanha, vitórias em etapas em algumas provas importantes do calendário e uma presença constante entre os melhores nas Clássicas, com pódios na Strade Bianche, La Flèche Wallone e Giro dell'Emilia.

Com 26 anos, o ciclista britânico mostrou que o seu potencial ultrapassa o estatuto de estrela multifacetada, naquela que foi, até agora, a melhor temporada da sua carreira, Pidcock é agora um verdadeiro líder de voltas por etapas, capaz de competir pela classificação geral com os nomes mais fortes do ciclismo moderno. A sua evolução em provas de montanha e a crescente consistência nos contrarrelógios consolidaram-no como um dos homens do momento.

Do segundo posto da votação ficou Simon Yates, com 40% (14 de 35 votos), impulsionado pela conquista da Volta a Itália ao serviço da Team Visma | Lease a Bike. O britânico mais experiente ofereceu à formação neerlandesa a sua segunda Camisola Rosa em três anos e reforçou a liderança da equipa num momento de transição interna.

Contudo, para os nossos leitores, Pidcock representou algo diferente, mais do que um triunfo isolado, simbolizou a construção de um projeto sustentável e ambicioso, onde um jovem talento assumiu a responsabilidade de carregar uma equipa em crescimento e de elevar o seu estatuto dentro do WorldTour.

A votação do CiclismoAtual reconhece, assim, o valor de uma época em que Pidcock combinou resultados, influência e coragem, sendo o motor da transformação da Q36.5 numa estrutura respeitada e competitiva.