Primoz Roglic sobre Evenepoel e Lipowitz para 2026: "Temos de estar prontos para sermos os melhores, e depois não me interessa quem ganha"

Primoz Roglic assinou contrato com a Red Bull - BORA - Hansgrohe no início de 2024 e, desde então, a equipa criou dois outros grandes líderes. Florian Lipowitz evoluiu diretamente na equipa, enquanto Remco Evenepoel foi comprado à Soudal - Quick-Step. Como é que o veterano planeia ficar no meio de tantos líderes de qualidade?

"Vai ser muito fácil. Para ser honesto, há muitas corridas; nem sempre é uma questão de quem vai fazer o quê, mas do meu ponto de vista, é mais uma questão de como ganhar a corrida ou como ser o melhor", respondeu Roglic à Marca.

O esloveno vai participar no Criterium de Singapura este fim de semana e já teve oportunidade de conhecer Evenepoel como novo colega de equipa no recente acampamento da equipa - aquele em que a ausência de Oier Lazkano deu mais um passo no que era, na altura, ainda um mistério.

Roglic foi questionado diretamente sobre o campeão olímpico, mas desdramatiza a possibilidade de os dois se encontrarem. "Tento sempre pensar dessa forma. Primeiro, temos de estar prontos para sermos os melhores, e depois não me interessa quem ganha. Ele, ele, ele ou qualquer outro. Acho que é ótimo para a equipa tê-lo. Ele mostrou que é especial e ganhou muitas corridas, por isso espero que possa fazer o mesmo pela nossa equipa no próximo ano".

No entanto, está consciente de que a formação ainda não está ao nível da UAE Team Emirates - XRG, embora nenhuma equipa possa realisticamente dizer que está. "Se formos honestos, neste momento a UAE é uma equipa muito forte; já ganhou quase 100 corridas. É incrível pensar nisso, por isso, sim, eles são a equipa dominante". A Red Bull e a Visma parecem ser as duas super-equipas que poderão colocar a Emirates sob pressão no Tour do próximo ano.

Este ano, Roglic mostrou o seu melhor nível, mas foi Florian Lipowitz quem realmente deu espetáculo em França, terminando no pódio e vestindo a camisola branca da equipa alemã. "Sim, ele pode competir. Esteve no pódio no ano passado, mostrou um progresso muito bom e muito sólido", disse Roglic sobre o seu colega de equipa mais novo.

Ganhar a Volta a França é uma questão a que responde com mais relutância, mas acredita que o alemão pode repetir o mesmo feito no próximo verão: "Penso que ele subiu ao pódio em muitas corridas mundiais, por isso, nessa perspetiva, sim, claro. Mas para ganhar, é um pouco difícil dizer se é suficiente ou não. É um pouco irrealista dizê-lo diretamente, mas é claro que ele está lá. Como já disse, ele subiu ao pódio, não vejo porque não o pode fazer novamente. Esperamos que ele seja ainda melhor".