A estreia de
Albert Philipsen no pelotão profissional era um dos momentos mais aguardados de 2025, e o jovem dinamarquês da
Lidl-Trek não desiludiu. Aos 19 anos, o antigo campeão do mundo de juniores mostrou uma maturidade e uma consistência acima da média, confirmando que o seu salto para o World Tour foi mais do que justificado.
Logo na primeira corrida da época, o Tour Down Under, Philipsen brilhou ao conquistar a camisola da juventude, um enorme feito para quem competia pela primeira vez entre os elites.
Um talento polivalente e precoce
A partir daí, o dinamarquês multiplicou demonstrações de classe. Envolveu-se numa fuga de grande destaque na Strade Bianche, venceu a Paris-Roubaix sub-23 com uma exibição autoritária e terminou 3º na classificação geral da Volta à Hungria, depois de já ter sido 6º na Eschborn-Frankfurt.
O seu palmarés de estreia revela um ciclista completo, capaz de brilhar tanto em percursos seletivos como em corridas explosivas, um perfil que faz dele um dos maiores talentos emergentes do ciclismo mundial.
“Não queremos falar de Tadej (Pogacar) e de todos os seus resultados. O Albert tem feito um óptimo trabalho”, elogiou
Mads Pedersen no
podcast Lang Distance.A herança dinamarquesa na Lidl-Trek
Com a chegada de Philipsen e de outros jovens talentos como Jakob Söderqvist, a Lidl-Trek reforça-se para o futuro. Pedersen, que continua a ser o líder natural nas Clássicas, vê na nova geração a continuidade perfeita da escola dinamarquesa.
“Especialmente tendo em conta que o Campeonato do Mundo de BTT lhe correu mal por estar doente e todos os contratempos… O facto de ele conseguir dar a volta por cima numa idade tão jovem e terminar a época tão forte é impressionante. Tenho um enorme respeito pelo Albert”, acrescentou Pedersen.
Os rumores sobre um possível final de carreira para Mads Pedersen após os Jogos Olímpicos de 2028 alimentam a ideia de que Philipsen poderá ser o herdeiro natural das Clássicas flamengas dentro da equipa.
O futuro entre estrada e BTT
Philipsen também voltou a mostrar o seu lado mais versátil ao terminar em 3º na Paris-Tours, dominando as partes de gravilha com a mesma confiança com que se move no asfalto.
O único ponto menos positivo da temporada foi a ausência do Campeonato do Mundo de BTT, onde pretendia consolidar o seu estatuto como um dos melhores sub-23 da modalidade. Ainda assim, o bicampeão mundial júnior de XCO encerrou o ano com resultados sólidos e uma curva de progressão impressionante.