UCI vai reforçar controlo ao doping mecânico na Volta a França de 2025

Ciclismo
quinta-feira, 03 julho 2025 a 00:37
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Na véspera da partida da Volta a França de 2025, a União Ciclista Internacional (UCI) anunciou o reforço do seu programa de combate ao doping tecnológico, prometendo um controlo ainda mais rigoroso ao longo das três semanas da Grand Boucle. As medidas incluem inspeções sistemáticas aos autocarros das equipas antes das etapas, exames por raios X às bicicletas e uma vigilância constante durante a corrida por parte dos Comissários de Video da UCI.
"A UCI apresenta, mais uma vez, um programa abrangente para combater a fraude tecnológica na Volta a França. É essencial que todos tenham a certeza de que o rendimento dos ciclistas se deve exclusivamente às suas capacidades físicas e não ao uso de motores ocultos", afirmou a diretora-geral da UCI, Amina Lanaya.
Lanaya sublinhou ainda a necessidade de antecipar qualquer ameaça à integridade desportiva: “A nossa responsabilidade é estar sempre um passo à frente no que toca à proteção da competição. Continuamos a investir em sistemas de deteção robustos e em estruturas de informação para garantir que todos os atletas competem em condições de igualdade.”
A edição de 2024 já tinha registado um reforço nos controlos, com a realização de 192 exames por raios X ao longo da corrida, um aumento de 17% face a 2023. Mas, para 2025, o salto é ainda mais significativo: até ao início do Tour, já tinham sido realizados mais de 600 controlos por imagem, representando um acréscimo de 24% em comparação com o mesmo período do ano passado.
O programa será operacionalizado pela Agência Internacional de Testes (ITA), que terá mais de 40 funcionários destacados para a prova, com base logística em Lille. Todos os participantes serão alvo de inspeção técnica antes da primeira etapa, e, ao longo da corrida, os detentores da Camisola Amarela, os vencedores de etapa e ciclistas selecionados aleatoriamente serão testados após cada jornada.
“A Volta a França é não só uma das provas mais emblemáticas do calendário desportivo, mas também um momento-chave na defesa da integridade do ciclismo”, afirmou o diretor-geral da ITA, Benjamin Cohen. “A abordagem de 2025 assenta em estratégias inteligentes e orientadas por dados, com base científica, colaboração estreita e um compromisso contínuo com a melhoria.”
Cohen destacou ainda o uso de ferramentas avançadas, como o módulo endócrino, a conservação prolongada de amostras e iniciativas de monitorização do desempenho como pilares deste programa. “Combinando testes direcionados e análises sofisticadas, o objetivo é assegurar que esta corrida lendária decorre sob regras justas. É um orgulho liderar estes esforços em nome da UCI, em estreita coordenação com todos os nossos parceiros de confiança”, concluiu.
Num contexto em que a confiança no desporto e a transparência científica são cada vez mais valorizadas, a UCI e a ITA parecem empenhadas em blindar a Volta a França contra qualquer sombra de fraude tecnológica.
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