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Team Visma | Lease a Bike, uma das formações de topo do ciclismo mundial, contratou
Dan McLay no último inverno com o objetivo de reforçar o bloco de sprint em torno de Olav Kooij. No entanto, a temporada de 2025 acabou por marcar não um renascimento, mas o fim da carreira do ciclista britânico. Após um ano difícil e uma lesão séria, McLay anunciou a sua reforma aos 33 anos, colocando um ponto final em dez temporadas no pelotão profissional.
"Entrei em todas as épocas dos últimos anos com a mentalidade de ver como corria e, se corresse bem, continuaria", explicou à CyclingWeekly. "Não senti que tivesse grandes pernas esta época e a gota de água foi quando parti a clavícula no Renewi Tour. Já tinha sido um ano difícil para conseguir um contrato, com tantas equipas incertas quanto ao seu futuro, por isso tomei a decisão de parar. Desde então, não me arrependo de nada e estou ansioso pelo futuro".
Uma carreira sólida, mas sem os resultados desejados
Embora não tenha sido contratado para ser o principal finalizador da Visma, McLay era visto como uma peça importante no comboio de sprint da equipa. Contudo, a sua passagem acabou por ser breve e discreta. No total, deixa 10 vitórias profissionais, incluindo uma etapa na Volta a Guangxi 2019, o seu maior triunfo ao nível WorldTour.
"Sendo um sprinter, as vitórias são um pouco mais importantes do que sendo outro tipo de ciclista", reconheceu. "Mas é verdade que não são muitos os que ganham uma mão-cheia de corridas como profissional. Penso que sou como a maior parte dos ciclistas: era um sonho ser profissional e, depois, quando o consegui, comecei a pensar que podia fazer isto ou aquilo e esperava ganhar algumas corridas".
McLay enfrentou vários contratempos em 2025, tendo somado apenas 47 dias de competição
Os seus últimos triunfos datam da Volta a Portugal de 2020, e, desde então, McLay destacou-se sobretudo como homem de confiança de Arnaud Démare durante a sua passagem pela Arkéa, desempenhando um papel crucial no comboio de sprint do francês.
O britânico admitiu que gostaria de ter vencido mais, mas deixou o ciclismo com sentimento de satisfação. "Sonhava em fazer mais do que acabei por fazer, mas o desporto é assim: se alguém tem mais talento do que nós, ganha mais. Temos de tirar o máximo partido do que temos, mas estou mais do que satisfeito com o que fiz, especialmente porque as vitórias se tornaram cada vez mais difíceis de obter".
Arkéa, a casa desportiva de uma vida
McLay destacou ainda a importância da Arkéa, equipa onde passou a maior parte da carreira e que considera ter sido o espaço ideal para o seu desenvolvimento. "A Arkéa é a equipa onde passei a maior parte da minha carreira e tornou-se a minha casa. Era uma equipa pequena no início, mas tive muitas oportunidades de aprender a um nível mais baixo sem ser lançado logo em grandes corridas".
Quanto ao próximo capítulo, McLay prefere não definir ainda o rumo. "Estou aberto a tudo e tenho muitas pequenas ideias, mas nada de concreto até agora. Adoraria fazer algo no desporto, mas não estou em pânico para voltar a mergulhar nele".