Fabian Cancellara tem uma joia nas mãos. Mathys Rondel é o futuro da Tudor!

Ciclismo
quinta-feira, 23 outubro 2025 a 8:00
Mathys Rondel
A Tudor Pro Cycling Team traçou um objetivo ambicioso para o próximo ciclo de três anos: garantir um lugar no World Tour até 2029. A estrutura suíça, apoiada por Fabian Cancellara, apresenta hoje o plantel mais sólido entre as equipas ProTeam, combinando experiência e juventude.
No topo estão nomes sonantes como Julian Alaphilippe, Marc Hirschi, Michael Storer, Matteo Trentin e o recém-chegado Stefan Küng. Mas por trás destas referências, uma nova geração começa a ganhar espaço e Mathys Rondel é, para muitos, o mais promissor de todos.
Com apenas 22 anos, o francês encerrou a sua primeira época profissional com sinais evidentes de talento, sobretudo nas montanhas, e tornou-se rapidamente uma das apostas centrais da equipa para o futuro.

Um primeiro ano promissor

Rondel ingressou na Tudor no final de 2024 e, em poucos meses, afirmou-se como um dos jovens trepadores mais consistentes do pelotão ProTeam. O seu desempenho na Volta à Romandia, onde terminou 9.º na geral, foi um aviso à concorrência, reforçado por top-5 no Giro d’Abruzzo e na Volta ao Luxemburgo.
O francês mostrou também polivalência nas corridas de um dia, fechando a época com um 2.º lugar no Trofeo Tessile & Moda e um 4.º na Taça do Japão, provas onde demonstrou uma maturidade tática rara para a idade.
“Estes resultados mostram que posso evoluir não só como homem de classificação geral, mas também como ciclista de clássicas”, afirmou Rondel à Dicodusport.
O jovem francês pretende alargar o seu calendário em 2026, com foco em algumas das clássicas World Tour mais exigentes: “Quero descobrir corridas como a Liege-Bastogne-Liege ou a Il Lombardia”, confessou.

A influência de Julian Alaphilippe

Se a progressão de Rondel tem sido constante, muito se deve à convivência com Julian Alaphilippe, o bicampeão mundial que serve de mentor dentro da Tudor.
“Com o Julian aprende-se sem dar por isso”, revela Rondel. “Ele traz uma verdadeira serenidade à equipa. Sabemos que com ele tudo está sob controlo.”
O jovem francês não esconde a admiração pelo compatriota, cuja presença é vista como um pilar técnico e emocional dentro da formação helvética.
“Ver como ele se prepara para uma corrida, como antecipa os momentos-chave... é sempre uma lição”, acrescenta. “É uma experiência de aprendizagem acelerada. E a nível humano, ele é muito simples, sempre disponível para ajudar.”
A relação entre os dois franceses está a transformar-se numa parceria simbólica dentro da Tudor, o veterano carismático que inspira o novo talento a emergir.

A nova geração da Tudor

Com Rondel a despontar, a Tudor Pro Cycling parece ter encontrado o equilíbrio ideal entre experiência e juventude. Sob a direção técnica de Fabian Cancellara, a equipa investiu fortemente em formação, metodologia e reforços de alto perfil para acelerar a sua transição para o World Tour.
A estrutura conta com uma base sólida de ciclistas suíços, mas é a chegada de nomes como Rondel que promete transformar a equipa num projeto verdadeiramente internacional e competitivo.
O francês encaixa-se no perfil de ciclista moderno: explosivo nas subidas, capaz de defender-se em contrarrelógios curtos e cada vez mais confortável nas provas de resistência.
“É o tipo de talento que pode tornar a Tudor uma equipa regular nas grandes voltas e nas clássicas montanhosas”, comentou recentemente um observador suíço ao RTS Sport.

O futuro passa por ele

O percurso de Rondel será cuidadosamente gerido pela Tudor, que aposta numa progressão faseada antes de o lançar nos Grand Tours. O objetivo é consolidar a base física e mental do jovem francês e, paralelamente, dar-lhe espaço para crescer em corridas de uma semana.
A presença de líderes experientes como Storer, Hirschi e Alaphilippe é vista como o ambiente ideal para que o francês evolua sem pressões. A médio prazo, Rondel é apontado como o futuro chefe de fila da equipa nas provas por etapas.
Se o seu desenvolvimento continuar neste ritmo, não será surpresa vê-lo, já em 2027, a lutar por um top-10 numa Grande Volta e, talvez, a garantir à Tudor o estatuto de equipa World Tour que tanto ambiciona.
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