"Na Volta à Flandres e no Paris-Roubaix sacrifico-me por ele com todo o gosto" Tim Wellens explica como Tadej Pogacar eleva o nível de todos os colegas de equipa

Ciclismo
domingo, 14 dezembro 2025 a 16:00
Pogacar e Wellens
Na UAE Team Emirates - XRG, Tim Wellens encontrou o enquadramento ideal. Já não carrega a pressão de ser líder e corre nos seus próprios termos, com grandes pernas e vitórias de peso, mas com foco claro no sucesso da equipa e de Tadej Pogacar.
Neste inverno, o campeão da Bélgica voltou a Benidorm para o encontro da equipa dos Emirados. Nem todos estavam presentes, mas deu para ver caras novas. E outras nem tanto. “É sempre bom juntarmo-nos aqui em dezembro e rever toda a gente. Há ciclistas, como o Jay Vine, com quem nunca corri”, brinca o belga em declarações à Sporza.
Sobre o calendário, comentou: “Há poucas surpresas. É mais ou menos igual a este ano: os principais objetivos são as Clássicas e o Tour, para ajudar o Tadej”. Wellens vai abrir a época na Omloop het Nieuwsblad e na Kuurne–Bruxelas–Kuurne, onde pode logo ter a oportunidade de assinar um grande triunfo. Com a UAE, venceu pela primeira vez na Volta a França e conquistou também o título nacional este verão, juntando triunfos no Renewi Tour e na Volta à Polónia ao palmarés.
Depois do Fim de Semana de Abertura, alinhará com Pogacar na Strade Bianche e na Milan-Sanremo, seguindo-se o bloco completo de clássicas empedradas: E3 Saxo Classic, Middelkerke Wevelgem, Dwars door Vlaanderen, Volta à Flandres e, por fim, Paris-Roubaix.
Antes de voar para a Costa Blanca, Wellens juntou-se a Tadej Pogacar, Nils Politt e Florian Vermeersch para testes de material num setor de pavé de Paris-Roubaix. “Foi muito elucidativo”, avalia o veterano. “Testámos diferentes materiais para perceber o que é mais confortável. A equipa analisa depois esses dados para definir o que é mais eficaz”.
Tim Wellens (2)
Wellens esteve talvez no ponto mais forte da carreira em 2025, coroado com uma vitória no Tour. @Sirotti

O segredo do sucesso da UAE

Aos 34 anos, prefere estar longe dos holofotes, sem que isso signifique abdicar de resultados. “Isso não será problema se tiver pernas e conseguir um resultado. Onde o Tadej está, claro que é diferente. Mas, se pudesse escolher, queria que ele fizesse todas as clássicas”, admite. “É muito mais fácil correr para a equipa do que tentar o meu próprio resultado. Na Volta à Flandres e no Paris-Roubaix sacrifico-me por ele com todo o gosto”.
Como tantos outros, dos líderes aos gregários, Wellens sente-se em casa e não pensa sair. “Corro pela melhor equipa do mundo, com o melhor ciclista do mundo. Em miúdo nunca teria acreditado nisso. Sinto-me bem aqui. Não poderia estar melhor noutro sítio”.
A equipa somou 97 vitórias na última época, um novo recorde no pelotão. “Qual é o segredo da UAE? Somos todos companheiros que nos puxamos mutuamente para um nível superior”, responde. Ele contribuiu com duas dessas vitórias. “Aqui nos treinos andamos incrivelmente forte. Isso eleva o nível”.
Sobre Pogacar, Wellens não tem dúvidas de que a motivação se mantém, e os dois voltarão a fazer dupla na Volta a França este ano. “Ele continua igualmente motivado, o que não é fácil, tendo em conta que já ganhou tudo. Pessoalmente, espero voltar a ganhar pelo menos uma vez no próximo ano, como tenho conseguido em anos recentes”.
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