A 23 de dezembro foi a vez do Superprestige Heusden-Zolder, a última corrida antes do dia de Natal. As expectativas eram altas sobretudo pela ausência de Lucinda Brand, que deixou a corrida totalmente aberta, e Amandine Fouquenet aproveitou a oportunidade ao máximo.
A melhor vitória da carreira
Após a meta, Fouquenet não escondeu a emoção. “Esta é a vitória mais bonita da minha carreira”, afirmou. “Já fui campeã de França duas vezes, claro. Mas ganhar na Bélgica é algo completamente diferente”, expressou
em declarações recolhidas pela Sporza.
A vitória chegou no momento certo, numa fase em que o futuro permanece incerto.
A ciclista da Arkéa ainda não encontrou equipa para a época de estrada de 2026, já que a sua formação deixará de existir a 1 de janeiro. “Espero que este triunfo me ajude a encontrar um novo contrato. Idealmente, numa equipa onde possa continuar a conciliar estrada e ciclocrosse”.
Fouquenet é campeã de França, mas continua sem equipa para 2026
Sentimentos mistos entre as candidatas
Blanka Vas, segunda classificada, mostrou alívio após um período difícil no arranque da temporada de ciclocrosse. “Estou muito feliz com este segundo lugar”, admitiu. “Depois do Koppenberg [no início de novembro] atravessei uma fase dura e faltei a várias corridas”.
Questionada sobre os episódios que condicionaram a perseguição, Vas desvalorizou-os como incidentes de corrida. “Pensei que a Van der Heijden ia passar a conduzir, mas de repente parou. E eu já estava no limite. Quanto ao toque ombro a ombro, foi um lance de corrida. Íamos todos a rolar juntos no grupo perseguidor”.
Para Van Alphen, porém, a situação foi injusta. “Aquela fase na curva após a segunda zona de assistência não foi limpa. Uma de nós três ia sempre ser a vítima, e acabou por ser a Van der Heijden”.
A hesitação entre as perseguidoras foi o fator decisivo que permitiu a Fouquenet selar a vitória. “A Blanka olhou para nós a perguntar porque não trabalhávamos, mas estávamos a pensar na geral. Assim nasceu um impasse tático”.